Análise "Graveyard Keeper"

Lançado em 2018 e mofando em minha biblioteca desde então, Graveyard Keeper era um dos games que estava sempre instalado e esperando o momento para ser jogado. E eis que venho deixar minha humilde opinião sobre esse no mínimo “diferenciado” game de fazendinha…

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Graveyard Keeper talvez seja um dos jogos de “fazendinha” mais eticamente “errados” que já vi, engane, trapaceie, obtenha dinheiro por meios no mínimo controversos… faça tudo que precisar para voltar para sua casa!

Bom, aqui você não tem uma fazendinha (mesmo que depois você libere uma), mas o foco é seu cemitério! Você é o humilde, ou nem tanto, coveiro da cidade mas que também é encarregado de cuidar de uma igreja, que logo também lhe concederá o cargo de vigário.

Mesmo a história sendo bem simples te mantém no foco pelo que precisa ser feito, você aparentemente morreu, e agora está em um isekai medieval e deve voltar à sua realidade e também para sua amada.

Daqui para frente, faça tudo para prosperar! Como coveiro, quantos mais defuntos melhor, eles serão seus principais “recursos”, então saiba os utilizar bem... couro para artesanato, carne para receitas especiais e até órgãos para experimentos… tudo chega a sua porta! Como vigário, aumente e melhore sua igreja, faça sermões emocionados e ganhe fé… e também um punhado de doações dos dízimos dados pelos seus amados fieis!

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Mas porque ainda o chamo de “fazendinha”, bom, o gameplay consiste em fazer várias tarefas rotineiras e repetitivas enquanto melhora seu cemitério, sua base, sua fazenda e também sua igreja. Então você estará dividindo sua atenção em vários desenvolvimentos separados durante o gameplay. Muitos recursos e habilidades serão necessárias para evoluir e liberar todo potencial de seu personagem. O game possui uma arvore de habilidades bem interessante e longa, que precisará de um pouco de paciência e tempo para que se libere todas melhorias. Mas é ai começa os problemas…

Graveyard Keeper possui um sistema de “dias”, são 6 dias na semana onde somente em alguns dias específicos certas coisas podem ser feitas, ou NPCs aparecem na cidade. Sua rotina diária e por ter que se preocupar com várias demandas acaba entrando em conflito com esse sistema, fazendo com que você perca o encontro com algum NPC ou até tendo que deixar para trás tarefas para se obter algo necessário para outro NPC.

O sistema de dias também não ajuda o desenrolar das coisas… já que é extremamente comum você falar com o NPC X no dia 3, e ele lhe pede para falar com o NPC Y, mas esse só aparece no dia 2... e resto que você espere 5 dias passarem para que esse NPC lhe peça pra falar com o NPC do dia 1... lá se vai esperar mais 5 dias... parece que as coisas foram feitas para te enrolar.

O gameplay é monótono, diferente de outros games como Stardew Valley, aqui você não tem tanto prazer em ficar repetindo infinitamente algo. Chega um momento que em vez de “trabalhar” nos corpos e o enterrar fazendo tudo certinho, você só quer o incinerar de vez ou até o jogar no rio, só para nem ter que cortar madeira da fogueira. E mesmo tendo o suporte dos zumbis (sim você vira um necromante) que lhe ajudam a coletar recursos, ainda assim as coisas são monótonas. E mesmo que você queira se aventurar na masmorra, ela é bem merda! Outro coisa triste é o sistema de pesca...

Um ponto positivo é o sistema de criação, depois que se libera as habilidades e construir todas bancadas, você pode fazer uma extensa e diversa quantidade de itens diferentes, desde elementos estéticos para seu cemitério ou igreja, receitas, armas, elementos para alquimia, poções etc.

No geral Graveyard Keeper é um game bem interessante, mas que pode cair na monotonia rápido, recomendo o jogar e zerar o mais rápido possível, nem tente fazer tudo, pois você faz muita coisa inútil e somente para perder tempo. Mas a história é minimamente legal e a quantidade de itens para criação te instiga a continuar, além de que por ser tão controverso, o jogo acaba tendo mais pontos positivos que negativos.

Recomendo para quem curte o estilo fazendinha infinita!

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